Indicadores financeiros: 7 métricas importantes para gerir a empresa

Indicadores financeiros servem principalmente para controlar o dinheiro da empresa, medir seu desempenho e basear a tomada de decisões. São motivos mais que suficientes para que recebam atenção e sejam acompanhados com frequência.

Existem dezenas dessas métricas e não são todas que devem ser monitoradas. Por isso, vamos abordar somente sete das principais e que se encaixam em todas ou quase todas as empresas, inclusive micro e pequenas.

Índice de liquidez corrente

O que demonstra: a capacidade de o negócio pagar as suas obrigações em curto prazo, pois evidencia a taxa de liquidez atingida pela empresa, incluindo valores já realizados e aqueles previstos para o prazo em questão.

Quanto mais alto o índice, não apenas a capacidade de pagar as obrigações é maior, mas também a de gerar lucro líquido após a cobertura das contas a pagar.

Como calcular: em primeiro lugar, a escrituração contábil precisa estar em dia para o cálculo, pois os fatores dele são ativo e passivo circulantes registrados no Balanço Patrimonial, excluindo do ativo o valor referente a estoque, no caso de indústrias e comércios.

O ativo deve ser dividido pelo passivo e o resultado deve ser, para uma métrica saudável, maior do que 1.

Margem líquida

O que demonstra: o lucro líquido que fica no caixa pelas vendas ou serviços prestados é mais importante que o faturamento, que normalmente é um dos indicadores financeiros mais acompanhados, porque é o que representa a capacidade que o negócio tem de lucrar após o pagamento das contas e expandir.

Ainda que o faturamento seja alto, por exemplo, a empresa pode ter problemas se a margem líquida for baixa, pois será difícil investir em crescimento e o caixa pode ficar negativo na ocorrência de um imprevisto.

Como calcular: basta dividir o lucro líquido obtido no período medido pelo total do faturamento dele e multiplicar o resultado por 100 para transformá-lo em percentual.

Ponto de equilíbrio

O que demonstra: o momento no qual são cobertas todas as despesas e o faturamento passa a representar apenas lucro líquido. Por isso, o ponto de equilíbrio deve ser atingido o mais rapidamente possível dentro de cada mês.

Como calcular: primeiramente, é preciso somar todos os gastos. Depois, esse total deve ser relacionado com o ticket médio ou volume mensal de vendas ou serviços por meio de divisão. O resultado é a quantidade de operações necessárias para cobrir os gastos.

Imaginando que a empresa tem R$ 15 mil por mês de despesas e seu ticket médio é de R$ 700, são necessárias 22 operações para cobrir as despesas. Depois disso, o que é faturado se torna lucro líquido. Caso sejam feitas duas vendas ou prestações por dia, atinge-se o ponto de equilíbrio no 11° dia de trabalho de cada mês.

Custo de aquisição de clientes

O que demonstra: o sucesso das ações planejadas para adquirir novos clientes. Naturalmente, deve ser menor que o faturamento gerado por esses novos clientes. Idealmente, a proporção do custo em relação à receita adicional tem de ser a menor possível.

Como calcular: o primeiro passo é somar tudo o que foi gasto na ação mensurada para posteriormente dividir o valor pela quantidade de novos clientes adquiridos. Depois, o custo por cliente precisa ser comparado com o ticket médio gerado com eles, observando se as aquisições foram lucrativas.

Valor por tempo de relacionamento

O que demonstra: também chamado de Lifetime Value, é um dos indicadores financeiros ligados ao relacionamento com os clientes, medindo o quanto eles representam de faturamento pelo período em que se relacionam. Pelas suas características, é uma métrica muito importante para empresas que trabalham sob contratos com prazos ou que realizam serviços contínuos.

Por exemplo, se o negócio fornece um software sob assinatura para rotinas empresariais, um Lifetime Value alto é sinônimo de bom desempenho, pois significa que os clientes mantêm o uso do produto por bastante tempo geralmente, estando satisfeitos e não buscando concorrentes para trocar de ferramenta.

Como calcular: normalmente, multiplica-se o tempo médio de relacionamento do total de clientes pelo ticket médio da empresa. Se o período médio, com pagamentos mensais, for de um ano e o ticket for de R$ 500, o valor de cada cliente por tempo de relacionamento é em média R$ 6 mil.

Saving

O que demonstra: o quanto a empresa consegue economizar (valores salvos) por meio de negociações ou aproveitamento de oportunidades em compras ou contratações de serviços.

Como calcular: somar todos os valores de descontos concedidos à empresa nas ocasiões citadas.

Para saber o saving, o gestor pode ter a ideia de apenas visualizar na sua contabilidade o total da conta contábil “Descontos obtidos”. Porém, ela pode estar incompleta porque na escrituração contábil apenas são lançados valores baseados em documentação.

Por exemplo, ao negociar um desconto, o vendedor ou prestador pode enviar um boleto apenas com o valor acordado, sem registro nele de um desconto. Ou o pagamento pode ocorrer por transferência bancária, novamente sem registro oficial do desconto obtido. Na hipótese, não haveria registro contábil sobre o valor salvo para o caixa.

Custo de oportunidade x rentabilidade

O que demonstra: o que a empresa deixa de ganhar em uma determinada opção quando escolhe por outra para fazer um investimento e também o retorno obtido com a decisão tomada. Por não se relacionarem a ações rotineiras, são indicadores financeiros utilizados juntos somente em momentos específicos e decisórios.

Por exemplo, o negócio está com sua estrutura e com a equipe quase sobrecarregados, precisando expandir para conseguir atender a uma demanda maior de fatia de mercado que existe. Para isso, suas opções são modificar os processos e investir mais em tecnologia de alto nível para aumentar eficiência e produtividade da estrutura existente ou contratar mais pessoas para sua distribuição.

Como calcular: no exemplo acima, as duas opções exigem investimentos relevantes e podem gerar retornos distintos, inclusive em prazos diferentes. Então, deve-se elencar os custos associados e totalizá-los. Em seguida, projetar o retorno que cada opção pode gerar e dentro de qual período.

Com os valores ilustrados, a decisão pode ser tomada não somente observando o custo de oportunidade, pois a opção com maior possibilidade de rentabilidade, e no melhor prazo, poderá ser a mais positiva mesmo que exija investimento maior inicialmente.

Se você chegou até aqui, está interessado em ter uma gestão financeira de alto nível. Então, saiba como o BPO financeiro, que inclui indicadores, pode ajudar sua empresa.

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